quinta-feira, 31 de março de 2011

Acontece...

Refazendo esse post:

Para, respira, para, respira, para, respira, para, respira. Respira fundo. Vamos lá: 1,2,3... Mais uma vez: 1,2,3.

A vida é um aprendizado sem fim. E estou aprendendo, a cada dia que passa, a superar coisas que eu nunca quis enfrentar.

Acostumar com algumas certezas é um trabalho diário. Encara-las de frente não é fácil, mas é necessário.

-Pode não ser nada.
-Pode, eu sei. Mas uma hora vai ser. E pode ser agora.
-Tenho que aprender a colocar isso na minha cabeça.
-É, você precisa colocar.

[Uma conversa comigo mesma, as 08:10 da manhã...]

E com passos pequenos, num andar bem devagar, ando colocando tudo na minha cabeça e deixando tudo em seus devidos lugares.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Saudade.

(...)
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

[Martha Medeiros].

terça-feira, 29 de março de 2011

Emoções.

Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi.

[ Não sei porque, mas eu concordo demais com essa frase.]

Também acho.

"As coisas acontecem do jeito que acontecem e estão certas assim.
Não me arrependo de nada.
Mas vezenquando passa pela cabeça um "ah, podia ter sido diferente".


[Caio Fernando Abreu]

segunda-feira, 28 de março de 2011

O silêncio.

... porque o silêncio e a imobilidade foram dois dos jeitos menos dolorosos que encontrei, naquele tempo, para ocupar meus dias.

[ Caio Fernando Abreu - Sem Ana, blues].

domingo, 27 de março de 2011

Altar Particular.

Depois do que é confuso te deixar sorrir,
tu me devolva o que tirou daqui,
que me peito se abre e desata os nós.

sábado, 26 de março de 2011

Sim. =)

"O mundo vive um momento em que muita gente está recebendo a mesma ordem: siga seus sonhos, tranforme sua vida em um caminho que conduza a Deus, realize seus milagres, cure, profetize, escute seu anjo da guarda, mude, seja um guerreiro e seja feliz no combate. Corra seus riscos. Haverá sacrifícios, porque é um tempo de transformação e renascimento, mas você vencerá quando chegar sua hora."

Contra o tempo.

O que sou, onde vou, tudo em vão... Tempo de silêncio e solidão.

[ Vander Lee. ]

Mudar?

Decisão tomada na sala de espera da dentista: Um piercing no nariz ou uma tatoo.
Procurar um estúdio essa semana e decidir.

Começo das mudanças.
=)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Machucado.

É que assim, de vez em quando, dói. Dói do nada, sabe?
É igual um machucado que ta começando a cicatrizar. Ele ta ali e às vezes você nem se lembra dele... Só que basta, sei lá, encosta-lo em algum lugar, relar na roupa, ou simplesmente lembrar que ele ta lá, que ele dói de novo.
Machucado recente e profundo dói. E dói muito, concorda? É a mesma coisa que estou sentindo.
Meu machucado é grande, foi bem profundo e tem muito pouco tempo. Ele começou a dar uma casquinha durante a semana, mas vira e mexe eu lembro dele, ou esbarro em alguma coisa e ele dói como se tivesse acabado de acontecer.
O dia continua, a dor vai amenizando e quando a gente menos percebe, ele já parou de doer de novo. Vai ficar com aquela casquinha fininha até o próximo esbarrão.
Agora pouco eu me descuidei, sem querer, e tirei a casquinha. Meeeu Deus, como dói. Não consigo pensar em outra coisa enquanto essa dor não ameniza. Não adianta soprar, abanar, passar pomada, nada, nada. Só mesmo contar que daqui a pouco ele fica quieto e quase imperceptível de novo.
Amanhã tem várias festas em BH. Show da Ana Carolina, show do Jorge e Mateus, aniversário da Priz. E eu? Estou de repouso. Uma das partes do tratamento pra esse machucado é uma dose de família, de casa, de cachorro pulando pra lá e pra cá.
Ficar em casa, assistir um filme, apreciar as coisas pequenas da vida. Menos tempo no computador e nada de facebook. Msn, as vezes, durante o dia. E esperar. Porque, pra tudo que é machucado, existe um remédio que completa a cicatrização: O tempo.
Existiria outro remédio pra cicatrização instantânea, parecido com uma injeção. Mas ele não está disponível no mercado. Na verdade, até que no mercado está, mas não pra mim. Não posso adquiri-lo.
Enfim, vou torcer pra casquinha engrossar logo.

Let's go!

Tive vontade e criei coragem: Vou fazer o 2º concurso público da minha vida.
Tá que o primeiro não conta, tinha 18 anos, não sabia nem o que eu tava fazendo, não estudei, e apesar de ter feito mais de 60%, não tinha chances de ser chamada.
Agora, let's go Correios.
Inscrição feita e paga. Vamos ver no que vai dar.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Mistério.

Tão secreta é a verdadeira vida, que nem a mim, que morro dela, me pode ser confiada a senha, morro sem saber de quê.
(Clarice Lispector).

quarta-feira, 23 de março de 2011

Cá entre nós: (...)

[ Aiai, Caio...]

Cá entre nós: fui eu quem sonhou que você sonhou comigo?

Ou teria sido o contrário?

Sonhei que você sonhava comigo. Mais tarde, talvez eu até ficasse confuso, sem saber ao certo se fui eu mesmo quem sonhou que você sonhava comigo, ou ao contrário, foi quem sabe você quem sonhou que eu sonhava com você. Não sei o que seria mais provável. Você sabe, nessa história de sonhos — falo o óbvio —, nunca há muita lógica nem coerência. Além disso, ainda que um de nós dois ou os dois tivéssemos realmente sonhado que um sonhava com o outro, também é pouco provável que falássemos sobre isso. Ou não? Sei que o que sei é que, sem nenhuma dúvida:

(…)

Sonhei que você sonhava comigo. Agora penso que é também provável que — se realmente fui mesmo eu a sonhar que você sonhou comigo; e não o contrário — eu não estivesse sonhando. Nada de sono, cama, olhos fechados. É possível que eu estivesse de olhos abertos no meio da rua, não na cama; durante o dia, não à noite — quando aconteceu isso que chamo de sonho. Embora saiba que — se foi dessa forma assim, digamos, consciente — então não seria correto chamá-la de sonho, essa imagem que aconteceu —, mas de imaginação ou invento até mesmo delírio, quem sabe alucinação. Mas não, não é isso o que quero contar, O que quero contar, sei muito bem e sem nenhuma hesitação, começa assim:

Sonhei que você sonhava comigo. Parece simples, mas me deixa inquieto. Cá entre nós, é um tanto atrevido supor a mim mesmo capaz de atravessar — mentalmente, dormindo ou acordado — todo esse espaço que nos separa e, de alguma forma que não compreendo, penetrar nessa região onde acontecem os seus sonhos para criar alguma situação onde, no fundo da sua mente, eu passasse a ter alguma espécie de existência. Não, não me atrevo. Então fico ainda mais confuso, porque também não sei se tudo isso não teria sido nem sonho, nem imaginação ou delírio, mas outra viagem chamada desejo. Verdade eu queria muito. Estou piorando as coisas, preciso ser mais claro. Começando de novo, quem sabe, começando agora:

Sonhei que você sonhava comigo. Ou foi o contrário? Seja como for, pouco importa: não me desperte, por favor, não te desperto.

Caio Fernando de Abreu

terça-feira, 22 de março de 2011

Aprendizado.

E até minha psicanalista ficou com os olhos cheios de lágrimas quando contei minha história...
E ela encerrou dizendo:
" É bom aprender que existe diferença entre doer e sofrer, né Camila?"

Sim, Adriane.
É muito bom aprender.
=)

o que eu quero te dizer...

"O tempo que passamos juntos vai ficar pra sempre,
Intimidades, brincadeiras, só a gente entende.
Pra quem fala que namorar é perder tempo eu digo:
Ha muito tempo eu não crescia o que eu cresci contigo."
(...)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Silêncio...

(Silêncio)

-Quando a noite chegar cedo e a neve cobrir as ruas, ficarei o dia inteiro na cama pensando em dormir com você.
-Quando estiver muito quente, me dará uma moleza de balançar devagarinho na rede pensando em dormir com você.
-Vou te escrever carta e não te mandar.
-Vou tentar recompor teu rosto sem conseguir.
-Vou ver Júpiter e me lembrar de você.
-Vou ver Saturno e me lembrar de você.
-Daqui a vinte anos voltarão a se encontrar.
-O tempo não existe.
-O tempo existe, sim, e devora.
-Vou procurar teu cheiro no corpo de outra mulher. Sem encontrar, porque terei esquecido. Alfazema?
-Alecrim. Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
-E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
-Mas não seria natural.
-Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.
-Natural é encontrar. Natural é perder.
-Linhas paralelas se encontram no infinito.
-O infinito não acaba. O infinito é nunca.
-Ou sempre.

(Silêncio).



[ porque meu coração está em silêncio... minha vida ficou em silêncio... e tudo, exatamente como está escrito aí em cima por Caio Fernando Abreu, me silenciou... ]

sexta-feira, 18 de março de 2011

=)

O Amor Dá Certo

E sem medo de arriscar...
Ela vai...
Só tem a ganhar...
Vai assim:Ansiosa...
Mas serena...
Acanhada...
Mas receosa...
Ela vai...
E tudo dará certo...
O amor sempre dá certo!!!

Ganhei dela: (Clica!)
Thelma


Além de me ajudar em tantas coisas, ainda me escreve coisas lindas... Obrigada!

Considerações.

Jay Vaquer falando sobre minha maneira de pensar...

"Se a gente perder, que seja derrota suada, sofrida, roubada...
Mas de mão beijada nem a pau.
E se a gente ganhar, que seja vitória disputada, merecida, conquistada.
Vou pro pau...
Apostar na parte bacana do tal do amor. Do tal do amor."


Se quiser ouvir... (é só clicar)

Tal do Amor - Jay Vaquer

=)

" Sei que nunca fui perfeito, mas com você eu posso ser até eu mesmo que você vai entender. Posso brincar de descobrir desenho em nuvens, posso contar meus pesadelos e até minhas coisas futeis. (...), posso perder o juízo, mas com você eu to tranquilo...tranquilo."

Sobre esses blá blá blás

Pra mim ela é Cintia Juliane.... E concordei em número, gênero e grau. =)

Sobre esses blá blá blás

(Cintia Freitas)

A gente lê todos os dias e-mails encaminhados, textos bonitos, poemas surreais, livros de auto-ajuda, bulas de remédio, revistas, encartes, folhetins, etc. E o que dizer sobre todos eles? Uns bonitos demais, outros reais demais. Então em que acreditar? Já li vários e vários e vários e vários textos. E cheguei à conclusão de que realmente é tudo coisa das nossas cabeças. Principalmente quando se trata daqueles que falam sobre a vida e o quanto ela deve valer a pena. Porque é tudo NOSSA culpa. A culpa de tudo é única e exclusivamente SUA. Valer a pena ou não é tudo ponto de vista. E aí? Tem quem ache acordar com o canto dos pássaros, galos, grilos... é coisa mais linda do mundo. Eu acho irritante. Tem quem prefira acordar com o barulho da cidade viva, em movimento. Credo! Eu prefiro acordar e ouvir minha respiração. E só. Tem quem ache ainda que a vida vale a pena quando se tem uma família, bons amigos, uma casa em um lugar tranqüilo, sem que necessariamente envolva bens materiais. E tem quem ache também que isso tudo não é nada se essa casa não tiver um home teater, uma TV 42’ 3D e um carro na garagem. Um carro não. O Carro. Com C maiúsculo. Nem um nem outro estão errados. Esse papinho fajuto de que “ninguém leva nada pro caixão” é sim corretíssimo. Fato que ninguém leva a TV de 42’, mas se você parar pra pensar você também não leva sua mãe, pai, o seu xiuaua e o papagaio de estimação. ATENÇÃO guri! Você não leva absolutamente NADA! Nem você mesmo. Seu corpo fica por aqui, xará. Então se você quer dormir com sua esposa / marido do seu lado ou ficar abraçado com seu PS3 é escolha sua. Reclamar, julgar, enfatizar as ações e “erros” dos outros não resolve. O que você escolhe aqui é o que vai valer a pena pra você. O segundo é SEU e só você pode decidir como vai fazer ele valer ou não. Se o emprego ta chato e o chefe é mala... troca! Você arrumou um, dois, três empregos na vida, não é? Sair deste não vai te matar, muito pelo contrário, pode fazer bem a saúde. Se não agüenta a música alta do vizinho mude de casa ou compre uns tampões. Se não agüenta o engarrafamento, leia um livro e esqueça que ele existe. Mas que não seja qualquer livro. Que seja um livro que valha a pena. Não pense que daqui a 20 anos pode valer a pena você se estressar durante 15 com algo que você não suporta. Você pode não ter saúde ou paciência mais pra fazer com que esses anos jogados fora voltem. É, eles nunca voltam. Então, meu amigo, faça a SUA vida valer a pena a partir do que você ta afim que valha. E não pense em fazer ela toda valer a pena agora. Agora é agora e faça com que AGORA seja um momento importante e único. Então, esqueça o caixão, a lápide e trate de ficar agarrado com unhas e dentes... seja no seu PS3 ou na sua nova namorada.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A questão.

E foi assim que terminou a terapia ontem:

Palavras da Adriane, minha psicanalista:
"Finalmente, Camila, finalmente. Esse não é o ponto mais importante? Pela primeira vez não tem dependência, não tem necessidade. Pela primeira vez é uma escolha."


=)

terça-feira, 15 de março de 2011

Eu sei.

Metade de mim agora é assim: de um lado a poesia, do outro a dúvida.
Igual a muita gente, sou uma soma. Soma de pensamentos, concepções, medos, reações... Sei que amo tudo o que me faz bem; Que definitivamente não sei disfarçar sentimentos; Que em momentos de ansiedade a cozinha vira meu cômodo predileto; Que rio muito; Que não gosto de desconfiança; Que falo muito e alto; Que o amor me faz um bem enorme; Que choro quando fico nervosa; Que não gosto de explicações; Que quando estou brava levanto a sobrancelha ; Que me dou bem com a maioria das pessoas; Que olho pra baixo quando fico sem assunto; Que quando acordo não sou eu; Que meus olhos incham a critério da rinite; Que odeio intromissões; Que na t.p.m. eu sou suportável, mas chorona; Que me desinteresso fácil; Que perdôo rápido; Que eu não tenho paciência pra passar muito tempo falando sobre a mesma coisa; Que enquanto me fizer vibrar, eu sou a mais interessada; Que sou vaidosa; Que estou no caminho certo; Que sou leitora e ouvinte de tudo o que se faz bom; Que preciso de mais determinação, pra não perder tantas oportunidades; Que sou feliz e que ainda vou ser muito mais; Que posso ser muito mais ou bem menos do que isso, só depende de mim.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Permita-se

"Because sometimes you have to step outside of the person you've been, and remember the person you where meant to be, the person you wanted to be, the person you are."

Às vezes é preciso parar por alguns dias, organizar as gavetas, jogar fora certas lembranças, enterrar algumas memórias, respirar fundo e continuar. Porque se sentir mal faz parte, assim como se sentir plenamente vivo. É preciso parar, reconsiderar os caminhos, rever as atitudes, planejar tudo de novo e seguir em frente. Continuar é uma arte. E superar também. Portanto permita-se parar. Mudar os planos, tentar algo novo ou simplesmente sonhar. E sobretudo não esqueça dos seus sonhos, pois eles são quem você realmente é.

Ana Paula Fernandes.
Eu sei amar. Mas não sei fugir. Por isso, não tente me parar. Não me peça para não ir. Não me diga para tomar cuidado, eu não sei amar mais ou menos. Quando eu decido, eu vou. Me entrego, me arrisco, me corto, me estrepo, azar meu, sorte minha que nasci assim: vim ao mundo para sentir. Meu coração se esgarça, a vida se desfaz, me embolo em mim mesma, dou nó. E daí? A vida é minha. O amor é meu. Me dou de bandeja pra quem eu quiser. Você aí quer? Quer mesmo? Então leva. Mas leva tudo. Leva e não devolve. Só devolve se eu pedir. Amor não tem garantia, mas tem devolução. Pode começar do nada, pode acabar de repente, pode não ter fim. Mas tem sempre o meio. Amor tem gosto de pele, língua e segredo. Amor tem gosto de cobertas, descobertas e travesseiro. Você imagina quantas meninas existem em mim? Toda mulher é uma surpresa, uma torta mil-folhas, um bombom diferente em um lindo papel celofane. Quer provar? Eu posso acordar doce, ficar amarga e até dormir ácida sem você perceber. Mas eu quero que você perceba. Eu quero que você se alimente do que há de melhor e pior em mim. Eu quero te mostrar cada gosto, te misturar, te revirar o estômago, te virar do avesso, jogar a receita fora. (Nada de banho-maria!). O amor não tem regras, o desejo não tem limites. Minha boca é do tamanho do meu coração.

Fernanda Mello.

quinta-feira, 3 de março de 2011

quando a gente esquece de acordar...

" Sonho parece verdade, quando a gente esquece de acordar. "

Não queria acordar porque sonhei com você. E no sonho eu conseguia ver seus olhos, de perto, tentando me dizer tudo que eu gostaria de ouvir.
Não era preciso palavras. A maneira como eles se mexiam e aonde eles tentavam se fixar, me falavam muito mais do que qualquer palavra.

Talvez tenha sido isso que eu aprendi essa semana. Que palavras, às vezes, são desnecessárias.
Não é preciso conversar todos os dias, nem mesmo ter noticia todos os dias, pra saber o quanto gosto de você.

Descobri também que, nem sempre é necessária uma reciprocidade para que sentimentos existam.
Eu sinto. E é apenas isso que importa.
O que vai acontecer entre nós, depende de nós duas. Mas, o meu sentimento depende apenas de mim.

E ele existe, 'apesar de' qualquer outra coisa. Tá aqui, oh!
Se eu deixar ele meio de lado por um tempo, ele vai doer, gritar um pouco, chorar... e vai acabar ficando guardado em algum cantinho. Mas ele vai existir pra sempre.
O sentimento é meu, só meu. Só que ele existe por você.

Ele não é egoísta, nem é possessivo. Não exige que você sinta a mesma coisa. Até gostaria, sabe? Porque assim eles poderiam se unir, crescer juntos. Mas não é uma exigência. Por mais que essa possibilidade o deixe triste, mesmo assim ele não pensa que não vale a pena, ele sabe que vale. Porque ele é puro e verdadeiro. E isso é raro.

Não queria ter acordado do sonho. Mas sonho de novo, querendo que ele se torne realidade.

Eu realmente nunca senti algo tão bonito.