Às vezes, na estranha tentativa de nos defendermos da suposta visita da dor, soltamos os cães. Apagamos as luzes. Fechamos as cortinas. Trancamos as portas com chaves, cadeados e medos. Ficamos quietinhos, poucos movimentos, nesse lugar escuro e pouco arejado, pra vida não desconfiar que estamos em casa. A encrenca é que, ao nos protegermos tanto da possibilidade da dor, acabamos nos protegendo também da possibilidade de lindas alegrias. Impossível saber o que a vida pode nos trazer a qualquer instante, não há como adivinhar se fugirmos do contato com ela, se não abrirmos a porta. Não há como adivinhar e, se é isso que nos assusta tanto, é isso também que nos dá esperança.
Enfrentar o risco é viver. E tudo que vem com o risco,seja a alegrias e paixões ou dor e desilusões também é viver. Quem se tranca, se protege demais, se volta so pra si mesmo, não vive.
ResponderExcluirSeguindo seu blog!!Gostei bastante daqui!!
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Beijoo'o